Projeto cultural da designer artesanal e coordenadora do projeto Ana Gern terá encontros semanais com mulheres e homens entre 65 e 90 anos no Ferraz Residencial Sênior, resultando em exposição e vídeo documental acessível

Joinville recebe uma oficina gratuita de bordado que une tradição, memória e inclusão. O Projeto Cultural “Mãos que Contam Histórias”, de autoria da designer artesanal e coordenadora do projeto Ana Gern, foi contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2024, e  será voltado para residentes no Ferraz Residencial Sênior e senhoras de clube de bordados com idades entre 65 e 90 anos. As aulas irão ocorrer até o fim de outubro. 

Ao longo de dois meses, os participantes irão resgatar o bordado  “wandschoner”. Trata-se de um “pano protetor de parede bordado”, típico da Alemanha e trazido pelos imigrantes para Joinville, e que servirá para criação de peças personalizadas com frases e nomes especiais.

Mais que um trabalho manual, a oficina busca promover bem-estar, valorização das histórias de vida e troca de saberes, acredita a artista. “Este projeto nasceu do meu amor pelo bordado e pelo desejo de preservar memórias. O ‘wandschoner’ carrega histórias, afetos e a identidade de tantas famílias de Joinville, como a minha”, destaca. “Trabalhar com essas mulheres e homens incríveis, ouvir suas lembranças e transformar cada ponto em um registro vivo é, para mim, um privilégio e uma forma de retribuir à comunidade tudo o que aprendi ao longo da minha trajetória”, comenta Ana Gern.

O resultado será apresentado em uma exposição gratuita na Sociedade Harmonia Lyra, aberta ao público no dia 12 de novembro, e em um vídeo documental, com recursos de audiodescrição, Libras e legendas, que será disponibilizado no YouTube.

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