Natural de Brasília, o multimídia Alex Ferrer que atualmente vive em Balneário Camboriú, já morou na Espanha, Suíça e Florianópolis. Com cerca de 20 anos de experiência em jornalismo, Alex tem uma história de vida incrível e admirável. Abandonado no hospital ao nascer e adotado por uma família negra e pobre, foi criado na periferia de uma cidade satélite no Distrito Federal. Mas nem por isso tem vergonha de sua origem e sabe viver a vida como poucos. Totalmente inserido na mais alta sociedade de Santa Catarina, recebe celebridades de todo Brasil que passam por Balneário Camboriú, onde hoje comanda a Agência A, escritório de assessoria de imprensa , relações públicas e lista vip. Em Joinville possui uma franquia da Divertees, num quiosque no Garten Shopping, onde vende camisetas com temas de cinema e música.
Apesar da infância tão pobre e difícil, como conseguiu se inserir no meio jornalístico e do colunismo social? Desde criança eu tinha um grande sonho de estar entre os grandes, eu amava o mundo do glamour e colecionava recortes de colunas sociais e decorava nome de socialites. E aos 17 anos surgiu a minha primeira oportunidade de fazer parte desse mundo: fui convidado para ser colunista em um jornal de bairro da cidade satélite onde eu morava. Daí em diante comecei a ser chamado para grandes festas na capital e cheguei a ganhar na época o título de “colunista mais jovem do Brasil”, com direito a ser entrevistado pelo Amaury Jr. Depois recebi o apelido de “assessor dos emergentes” dado pela jornalista Danuza Leão, que dedicou meia página na Folha de São Paulo para contar a minha história. Em virtude dessa entrevista em 2003 fui chamado para ir ao programa do Jô Soares. Eu até poderia ter superado as dificuldades e a pobreza, porém o inusitado é esse sonho de infância de querer estar entre os colunáveis e acabar conquistando.
Como conseguiu se inserir na nata da sociedade catarinense? Sempre digo que o segredo é o networking, minha agenda é o meu bem mais precioso, as pessoas tem uma mania errada de receber cartões de visitas e jogar fora, eu guardo todos e em algum momento eu faço contato. Além disso, adoro fazer conexões entre pessoas, que possuam algum interesse em comum.
Filosofia de vida. Tento ser o melhor em tudo que faço. Além disso, tento colocar em prática uma frase que já virou placa em meu escritório: “o bom é inimigo do ótimo ”
O que é ser feliz pra você? Felicidade você tem que conquistar todos os dias, você colhe o que planta, suas ações de hoje vão definir seu dia amanhã e muitas vezes até seu futuro. Tento semear felicidade e parece que estou conseguindo resultado.
Vejo que há uma diferença entre a alta sociedade joinvilense e a de Balneário Camboriú. As pessoas aí adoram estar em evidência e aparecer na mídia. Por aqui é um pouco diferente. Por quê acha que isso acontece? Os joinvilenses são por natureza mais fechados. As famílias ricas de Joinville são mais tradicionais e gostam de manter a discrição. Já no litoral o povo é mais do oba oba, adora festa e aparecer. Aqui todo dia chega um novo rico, muitas vezes são vistos com olhos tortos pelos tradicionais, porém um dia o tradicional já foi novo rico.