O empresário do ramo da borracha, José Antônio Barcellos de Mello, graduado em Engenharia Química e proprietário da NOS Borrachas junto com a mulher Sarah e os filhos Karla Kalef, Milton Mello e José Mello Júnior, tem na música sua verdadeira e eterna paixão. Em sua casa tudo é inspirado em torno da música, tudo respira música. E o gosto pelos instrumentos começou aos 14 anos de idade. De lá pra cá nunca parou. Começou tocando acordeon, passando pelo piano, vibrafone e violão. Sua trajetória até hoje só demonstra o quanto ama seu lado musical.
Como tudo começou? É uma longa história. A música sempre correu em minhas veias. Comecei a tocar na adolescência e nunca mais parei. Apesar de me tornar empresário e engenheiro, antes disso a música me sustentou. Participei do Conjunto Arpège e Roberto e seu Conjunto, na cidade do Rio Grande (RS), em Joinville criei o programa Clube da Canja no Canal 20 (TV Cidade); acompanhei por muito tempo o astro da Broadway Jeff Keller com a Phantom Band; e também o flautista Plauto Cruz, um dos maiores do sul do Brasil.Organizei o I, II, III e IV Concordeon com artistas nacionais e internacionais e fui um dos incentivadores do Joinville Jazz Festival.
E como é sua atuação como músico hoje em dia? Hoje tenho na música um hobby e também me considero um grande incentivador da música. Há cerca de 18 anos toco MPB todas as quintas-feiras com a Mello Band no Mercado Municipal, e aos sábados toco serestas e chorinhos com o Grupo Entre Amigos.Inclusive o Grupo Entre Amigos já se apresentou em várias cidades do nosso país.
E como foi sua atuação na AMUJ (Associação dos Músicos de Joinville)? Fui presidente nos anos de 2010 e 2011, participando de vários projetos importantes.
Na sua opinião, como está a música hoje em Joinvile? A música em Joinville continua sem muito apoio, pelo menos nas partes de projetos da cidade. Já tivemos o Festival de Jazz , por exemplo, que há dois anos agoniza em função da falta de recursos. Por outro lado temos o apoio da Fundação Cultural (Simdec) que está ajudando a cultura musical patrocinando alguns projetos de música, como o Espaço Autoral (localizado no Mercado Público Municipal). Foi criado na gestão de Rodrigo Bornholdt e continua até a atual gestão. De dois anos para cá 70 bandas já tocaram no Espaço Autoral.
Alguma sugestão para que a música continue viva em nossa cidade? Como sugestão que o espaço Cantinho do Bera, localizado no Mercado Público Municipal, continue ativo. E mais, se transforme em Patrimônio Histórico Cultural da Cidade.