O dermatologista carioca Vitor Azulay está em Joinville há pouco mais de um ano em virtude de ter conhecido num Congresso de Dermatologista o grande amor de sua vida: a joinvilense e também dermatologista Milena Zanella. Apesar de ter cursado até o quarto ano de Administração, acabou descobrindo que sua grande paixão era a medicina. Órfão de pai desde a adolescência foi morar na casa do avô materno o Dr. Rubem David Azulay, seu grande incentivador. Ele acordava Vitor às 5 da manhã com uma frase que lembra até hoje: “O homem que produz levanta antes do sol”. Graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,fez especialização em dermatologia no Instituto Professor Rubem David Azulay por três anos e depois fez outra especialização, em Cirurgia Dermatológica, no Hospital Federal de Bonsucesso (RJ).
Como foi o início de sua carreira? Comecei a trabalhar nas clínicas da família e fui preceptor de cosmiatria no Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay (IDPRDA). Hoje trabalho na minha clínica Azulay & Zanella aqui em Joinville e vou para o Rio no mínimo uma vez no mês para participar das reuniões dermatológicas do IDPRDA.
Qual é a maior procura dos pacientes hoje? Eu gosto muito de tratar doenças dermatológicas, mas a procura por estética é maior. Todos querem tratar rugas, flacidez e manchas, e também a parte corporal. Mas insisto no consultório que a saúde da pele é tão importante quanto a parte estética.
Alguma novidade na área de estética? As últimas novidades no Brasil são o Ulthera, um ultrassom focado que atua na flacidez e tonicidade da pele. Utilizamos muito também o Freeze, que é um aparelho de radiofrequência multipolar que atua na gordura localizada, flacidez e celulite com excelentes resultados, e a grande vantagem é ser indolor. Os preenchedores de ácido hialurônico não são novidades, a novidade é a forma como os utilizamos, buscando reposição de volume e redefinição de contornos da face.
É verdade que vem de uma família muito importante na área de dermatologia no Rio de Janeiro? Eu sou a terceira geração da família na dermatologia. Meu avô é o membro vivo mais antigo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, com 96 anos, sendo conhecido por todos como professor Azulay, por ter sido professor titular de diversas faculdades do Rio de Janeiro. Além disso, escreveu cinco compêndios de dermatologia que usamos até hoje e publicou mais de 600 trabalhos. Recentemente, seu último feito, foi receber uma medalha da presidente Dilma, por ter sido o médico que mais contribuiu com a medicina no Brasil.
Quando descobriu sua aptidão pela dermatologia? Quando estava na faculdade de medicina e passei pela dermatologia a cobrança dos professores era muito grande por conta do meu sobrenome e acabei tendo que me dedicar à dermatologia para não decepcionar, assim acabei gostando.