O arquiteto joinvilense Tufi Marcelo Mousse já sabia desde a primeira infância que carreira seguiria na vida adulta, pois a sua brincadeira predileta era montar maquetes que chamava de apartamentos modernos. Formado em arquitetura pela UFSC, é hoje um dos arquitetos mais atuantes em Joinville. E esse ano participou pela terceira vez consecutiva, da Casa Cor Santa Catarina, em Florianópolis.
Quando descobriu sua paixão pela arquitetura? Desde pequeno já gostava de montar maquetes, imaginando que seriam apartamentos modernos. Aos 15 anos perguntei para minha irmã qual era o nome da profissão que atuava com desenvolvimento de projetos de casas e móveis, e ao descobrir que era Arquitetura, não tive mais dúvidas que carreira eu seguiria.
Você segue algum estilo nos projetos que realiza?Não somente através da arquitetura, mas também do desenho de interiores e da movelaria, os espaços elaborados por mim tem como característica a sensação de amplitude, com iluminação envolvente e a atenção a um grande detalhe: um ambiente que não atropele o outro. E é importante lembrar que para desenvolver um bom trabalho de criação, coerente e que atenda às expectativas do cliente, faz-se necessário sempre pesquisar e observar os seus gostos, estar em constante contato com ele.
Você acredita ser importante estar em dia com as mudanças que ocorrem no mercado? Com certeza. A arquitetura é a busca constante por atualizações. Precisamos estar antenados com o que está sendo lançado no mercado. Por isso sempre que posso participo de feiras e mostras, que aprimoram o trabalho e ampliam o conhecimento a respeito de técnicas para o desenho, além de ajudar na inserção de novas tecnologias e sistemas no projeto. Anualmente visito, por exemplo, a “ISalone” mostra de decoração que acontece em Milão.
Assim como na moda, existem mudanças acontecendo na arquitetura ao longo do tempo? A mudança na forma dos usos dos diversos ambientes tem a cada década sido alterada e revista. Exemplo superrecente são os ambientes integrados que hoje já são vistos com mais cautela e cuidado. O ideal da casa não é, necessariamente, contemplá-la de forma única. As surpresas no decorrer dos ambientes são necessárias para o viver do diaadia.
O que escolher para levar para dentro de sua casa? Esta pergunta é muito delicada, pois requer sabedoria para não gerar um acúmulo de peças desnecessárias e em desuso, gerado pela compra impulsiva promovida pelos modismos. A compra de um móvel de desenho assinado, uma escultura ou uma pintura requer um conhecimento e uma intimidade com esses elementos que, de forma geral, necessitam do auxílio de um profissional que possa estabelecer um paralelo entre o que você é, o que você quer e, assim, acertar ou chegar mais perto do que você deseja.