Natural de Recife (PE), antes de fixar residência em Joinville Sylvia Regina de Almeida Borges, que é formada em Educação Física pela UFPR, morou nas cidades de Brasília, Curitiba e Londrina, onde trabalhou com dança e implantou na última cidade a faculdade de dança da UNOPAR. Em Joinville contribuiu para o desenvolvimento da dança na década de 80, onde participou como coreógrafa nos primeiros Festivais de Dança de Joinville. Atualmente Sylvia trabalha com eventos culturais junto de Albertina Tuma.
Como descobriu sua paixão pela dança? A importância das artes e da cultura sempre foi muito forte em minha família, então quando tinha apenas cinco anos comecei a frequentar a escola de ballet. Filha de pai militar, a disciplina que havia dentro de casa foi fundamental para o aprendizado, mesmo tendo que fazer várias mudanças de cidade e de escolas de dança. Mas a dedicação real à dança só foi acontecer com mais ou menos 16 anos.
Você que já participou dos primeiros Festivais de Dança de Joinville como coreógrafa e depois como uma das coordenadoras, como vê a evolução deste evento tão importante? Acho que todo grande evento chega num ponto em que só se pode manter a qualidade, tanto técnica quanto operacional, se a seleção dos grupos que pretendem uma vaga no concurso for um pouco mais rigorosa. Para que isso seja capaz de acontecer os locais de espetáculos tem que estar de acordo com os critérios rigorosos de seleção. O que se tem que priorizar é a melhor capacitação dos locais de espetáculos. Para mim não há grande surpresa no crescimento paulatino do evento, pois ele em 1983 já nasceu sob o signo do sucesso.
Na sua opinião o que falta para a dança e a cultura em Joinville? O que falta é a integração maior entre órgãos públicos e iniciativa privada com os profissionais da dança que trabalham na cidade. Eles devem ter um voto de confiança e aval para desenvolver suas atividades sem se dependurar somente no evento de julho. A cultura joinvilense crescerá quando houver uma política mais equalitária em relação a todas as artes. A cidade precisa com a máxima urgência de locais apropriados para as apresentações, seja na música, no teatro ou na dança.
Tem algum momento inesquecível do Festival que queira comentar? Para mim dentro do FDJ são três os melhores e inesquecíveis momentos. O primeiro foi quando o meu grupo de dança foi premiado em segundo lugar no jazz amador em 1983, o segundo foi no quinto festival, na abertura, com o grupo Corpo dançando “Preludios”,e o terceiro foi no décimo primeiro também na abertura, Cecília Kerche e Maximiliano Guerra dançando “Diana and Actheon”.
O que gosta de fazer nas horas livres? O que mais me deixa realizada e feliz é poder sempre que possível viajar.