O artista plástico Luciano da Costa Pereira, natural de Mogi Mirim (SP), mas joinvilense de coração, é graduado em Design de Produtos e pós graduado em Gestão Pública. Descobriu sua paixão pela pintura quando cursava o primeiro ano da faculdade de arquitetura pela UFSC e na época percebeu que suas pesquisas se pautavam mais pela plasticidade das artes visuais do que a arquitetura. Foi aí que desistiu do curso para estudar artes na Escola de Belas Artes do Paraná. Por ironia do destino abandonou esta Escola também e foi à luta, ou seja, começou a produzir e buscar espaços para expor. E assim já se vão mais de 20 anos pintando e expondo seus trabalhos.
Fale sobre sua exposição atual. A exposição que está na AAPLAJ fica até o dia 30 desse mês, de terça à sábado, das 13h às 17h, e são 23 pinturas e 22 colagens. Ela é resultado de uma série de pinturas que comecei a produzir em abril deste ano, quando deixei a coordenação do SIMDEC, na Fundação Cultural de Joinville. Todos os quadros são produzidos em tinta acrílica sobre tela e estão à venda. As colagens que deram origem às pinturas também estão expostas, mas não estão à venda.
Onde busca inspiração para pintar? Busco desenvolver o meu trabalho baseado num processo de criação, que leva em consideração a elaboração de composições a partir da fragmentação de elementos gráficos recortados e de imagens impressas em revistas, que quando reorganizados formam novas figuras que remetem à animais, pessoas, cultura popular ou até mesmo abstrações geométricas. Desse processo surgem as colagens, que vão me servir de referência para as pinturas.
Qual seu estilo? Tento não me enquadrar a nenhum estilo pré estabelecido, mas vejo a minha poética voltada muito para a linha da formatividade, ou seja, tento resolver a pintura mais pelas suas questões formais do que pelo assunto propriamente dito.
É difícil sobreviver das artes plásticas? É difícil sim, principalmente numa cidade que não há espaços voltados para esse mercado. Mas mesmo assim, o artista que produz com qualidade, vai atrás e busca o mercado, consegue um bom êxito.
Você tem outra atividade? Atualmente divido o meu tempo entre a minha produção artística e as aulas que ministro na escola de Artes Fritz Alt, na Casa da Cultura.
Você já expôs fora de Joinville?Sim, já mostrei meu trabalho em Curitiba, São Paulo, Santos, Florianópolis, Porto Alegre Blumenau.
O que gosta de fazer nas horas livres? Gosto de ficar com a minha família, ler, ouvir música, encontrar amigos e viajar.
Qual é sua filosofia de vida? Vejo que a simplicidade, a humildade e a auto crítica podem nos proporcionar uma qualidade de vida ideal.