Foi lançada no início de fevereiro, a campanha do governo federal que incentiva a abstinência sexual como forma de prevenção à gravidez na adolescência.
Com o lema “Adolescência primeiro, gravidez depois”, a iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Mulher, Direitos Humanos e Família pretende retardar o início da vida sexual dos menores de 15 anos e debater os riscos e consequências da gestação precoce.
Polêmicas à parte, de acordo com a ginecologista e mestre em Saúde, Natacha Machado, as famílias precisam conversar mais sobre sexualidade com crianças e adolescentes. “E o assunto deve ser discutido em qualquer momento, a qualquer hora, sempre que as dúvidas surgirem”, afirma a médica, lembrando que o assunto precisa ser abordado com naturalidade, sem tabus ou preconceito.
A principal dica, diz a especialista, é não deixar os filhos sem informação. Mas como nem todas as famílias conseguem conversar abertamente sobre o assunto, a dica é procurar um especialista, que podem ser: educadores sexuais, psicólogos e médicos – como pediatras, ginecologistas e hebiatras (especialidade dedicada à adolescência), e que estão preparados para orientar e conversar de maneira franca e didática. Além disso, os pais podem recorrer também aos livros e exemplos reais, que também são aliados na hora de conduzir a conversa.
E segundo Natacha, outro erro das famílias é achar que as conversas sobre sexualidade vão induzir o início precoce da vida sexual. Na avaliação da especialista é justamente o contrário. “A educação sexual permite que crianças cresçam bem informadas e adolescentes e jovens estejam preparados para tomar decisões conscientes e para fazer escolhas mais responsáveis”, diz.